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País só precisa seguir regra global para evitar fraudes em bets, diz especialista

Emma Lindley, atuou na regulação do setor no Reino Unido, diz que manipulação de resultados no esporte não é exclusividade brasileira

Condecorada pela rainha Elizabeth II, a britânica Emma Lindley, hoje diretora de expansão internacional da CAF (antiga Combate à Fraude), atuou, em 2005, na estruturação do Gambling Act, lei que rege as empresas de apostas esportivas, as bets, no Reino Unido.

Depois disso, o ambiente para apostadores e também para o esporte ficou mais seguro e as fraudes são menores. Sua receita para o governo brasileiro é não reinventar a roda. Para ela, o ideal é condensar os bons exemplos de legislação no mundo e aplicá-los ao modelo de regulação que será apresentado ao Congresso Nacional nos próximos dias.

Atualmente, o governo Lula trabalha na elaboração de uma medida provisória para regular a atividade das bets no país. Além de ser uma forma de permitir que essas empresas tenham sede no Brasil e passem a pagar impostos, o governo espera frear os escândalos envolvendo jogadores nas partidas de futebol.

Ao longo dos últimos 20 anos, Emma trabalhou com bancos, empresas de apostas esportivas e ajudou a aperfeiçoar o sistema de segurança digital de companhias de tecnologia.

Em 2017, fundou o Women in Identity, ONG que ajuda a indústria digital a construir soluções de inclusão e empoderamento social e econômico.

Sua participação na ONG lhe rendeu, no ano passado, o recebimento da ordem de membros da monarquia britânica pelos serviços prestados na promoção da diversidade e inclusão no setor de identidade digital no Reino Unido e no exterior.

No Brasil tivemos casos de árbitros de futebol que foram pegos atuando na manipulação de resultados e, recentemente, jogadores foram descobertos participando de esquemas. O governo britânico criou uma forma de resolver esse problema? Os jogadores são proibidos de participar do mercado de apostas aqui ou em qualquer outro lugar do mundo. Se forem pegos, eles são banidos e perdem o emprego, em alguns casos podem até ser presos. As punições são severas para quem estiver envolvido.

Fraudadores e manipuladores de resultado existem em todo o mundo. Isso não é específico do Brasil. A indústria é global. Os reguladores não devem pensar que ‘isso acontece só no Brasil’, mas devem olhar como outros países lidaram com essa situação.

Como era estruturado o mercado de apostas esportivas antes do Gambling Act?

Leia e entrevista completa acessando o link da Folha de São Paulo.

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