A identidade de um indivíduo é única - ou pelo menos, deveria ser. Isso porque o roubo de identidade se tornou uma realidade que desafia a todos, indivíduos e negócios digitais, exigindo medidas de proteção contra fraudadores que buscam obter vantagens financeiras usando dados alheios. Pensando nisso, neste blog, explicamos como a prática do roubo de identidade acontece e oferecemos orientações para que as instituições possam se proteger. Confira!
Definindo que é roubo de identidade
Roubo de identidade é um crime em que um indivíduo mal-intencionado se apodera de informações pessoais e dados sensíveis de outra pessoa para se passar por ela. Essas informações podem incluir dados como CPF, números de cartões de crédito e outras informações de identificação. O objetivo mais comum desse crime é a obtenção de vantagens financeiras, como a realização de compras online, a solicitação de empréstimos e a execução de transações em instituições financeiras em nome da vítima.
O autor desse tipo de fraude pode variar desde alguém próximo da vítima, como um amigo ou parente, até criminosos especializados, que agem de forma profissional para roubar dados e usá-los de maneira indevida. Independentemente da origem, o roubo de identidade pode causar grandes prejuízos, tanto financeiros quanto emocionais, à vítima.
Roubo de identidade versus roubo de conta
O roubo de identidade é frequentemente confundido com o roubo de conta porque os dois crimes estão interligados, mas há uma diferença importante: o roubo de identidade é mais amplo e pode incluir o roubo de conta como parte de suas ações.
No caso do roubo de identidade, os criminosos usam os dados pessoais de uma pessoa para se passar por ela e obter diversas vantagens, como abrir novas contas, solicitar crédito, ou acessar benefícios em nome da vítima. Esse tipo de crime permite ao fraudador realizar uma série de ações, ampliando os riscos para a vítima.
Já no roubo de conta (account takeover), o foco é invadir e assumir o controle de contas já existentes, usando-as para roubar dinheiro ou informações. Essa modalidade é mais limitada em comparação ao roubo de identidade, mas pode resultar em grandes prejuízos e costuma ser difícil de rastrear, devido à rapidez com que os criminosos agem.
Portanto, embora o roubo de conta seja um tipo de roubo de identidade, ele se concentra em explorar contas já estabelecidas, enquanto o roubo de identidade abrange um leque maior de fraudes e manipulações de identidade.
Como ocorre o roubo de identidade?
O roubo de identidade está relacionado com diferentes técnicas para obtenção dos dados pessoais e credenciais de login de um usuário. Vejamos os exemplos mais comuns:
Phishing e spear phishing: Criminosos enviam e-mails, mensagens de texto ou criam sites falsos que se passam por instituições confiáveis, como bancos, redes sociais ou lojas online. Esses conteúdos induzem a vítima a fornecer informações pessoais, como senhas, números de CPF, dados de cartão de crédito, entre outros.
Vazamento de dados: Ataques a empresas, bancos e outras instituições que armazenam dados pessoais podem resultar em vazamentos de grandes quantidades de informações. Criminosos podem obter esses dados e utilizá-los para realizar fraudes.
Redes sociais e engenharia social: Muitas vezes, as pessoas compartilham informações pessoais em redes sociais (como nomes, datas de nascimento, locais frequentes). Criminosos podem usar essas informações roubadas para criar um perfil detalhado da vítima e usar essas informações para se passar por ela em diversas situações.
Roubo físico de documentos: Furtos de carteiras, documentos de identidade, cartões de crédito e correspondências pessoais, como contas e extratos bancários, também são uma forma de obter dados para roubo de identidade. Com esses documentos, o criminoso pode abrir contas, solicitar empréstimos ou realizar compras em nome da vítima.
Malware e keyloggers: Ao instalar programas maliciosos no dispositivo da vítima (computadores ou smartphones), os criminosos conseguem monitorar e capturar informações sensíveis, como senhas e números de cartões de crédito. Isso pode acontecer ao clicar em links ou baixar arquivos suspeitos.
Compra de informações na deep web: Em fóruns e marketplaces da deep web, criminosos podem comprar dados de outras pessoas que já foram vazados ou roubados. Isso inclui informações como números de CPF, e-mails, senhas e até mesmo informações bancárias.
Falsificação de documentos: Com os dados pessoais em mãos, os criminosos podem criar documentos falsificados para abrir contas em nome da vítima, solicitar linhas de crédito ou realizar outras transações.
Confira também: Qual documento de identidade falso é o mais comum?
Apenas com base nesses exemplos, nota-se que há diferentes maneiras para se obter dados dos usuários para a prática do crime de roubo de identidade. No próximo tópico, será a vez de você conferir o que pode fazer para ampliar a proteção das plataformas da sua empresa e, consequentemente, dos seus usuários. Confira.
Como prevenir o roubo de identidade
Para prevenir o roubo de identidade, as empresas precisam de uma estratégia ampla que combine uma série de ações capazes de minimizar tal ação criminosa, da ação educativa sobre os cuidados a serem tomados até o uso de soluções tecnológicas como forma preventiva.
Aqui trazemos medidas importantes para você implantar e evitar a ocorrência de casos dentro do seu processo:
Oriente sobre boas práticas de segurança: Realize treinamentos regulares com a equipe para conscientizá-los sobre os riscos de phishing, engenharia social e outras formas de ataque. Certifique-se de que todos saibam como identificar e evitar e-mails ou mensagens suspeitas que possam tentar obter informações confidenciais. Campanhas de conscientização também podem ser estendidas aos usuários para que saibam diferenciar comunicações oficiais da sua instituição da ação de fraudadores.
Implemente um processo de onboarding seguro: Ao cadastrar novos clientes, parceiros ou colaboradores, adote procedimentos que verifiquem a autenticidade das informações fornecidas, como verificação de documentos por meios digitais e consultas a bases de dados confiáveis. Isso ajuda a evitar o cadastro de identidades falsas.
Confira também: Guia definitivo de boas práticas para user onboarding
Faça uso de autenticação multifator (MFA): A autenticação multifator (MFA) adiciona uma camada extra de segurança ao exigir um segundo fator de verificação além da senha, como um código enviado ao celular. Implementar MFA para acesso a sistemas internos e para clientes pode dificultar tentativas de acesso não autorizado a contas e dados.
Saiba mais em: O que é e como funciona a MFA (Autenticação Multifator)?
Criptografe dados sensíveis: Certifique-se de que informações pessoais e financeiras dos clientes e colaboradores sejam armazenadas de forma criptografada. Isso garante que, mesmo em caso de vazamento de dados, as informações estarão protegidas e ilegíveis para terceiros.
Monitore atividades suspeitas em tempo real: Utilize ferramentas de monitoramento que alertem sobre comportamentos atípicos nos acessos às contas e transações. Por exemplo, acessos feitos de locais não usuais ou tentativas repetidas de login podem ser um indicativo de tentativa de invasão.
Realize auditorias de segurança regularmente: Avalie periodicamente a segurança dos sistemas da empresa, incluindo infraestrutura de TI, sistemas de autenticação e processos de gerenciamento de dados. Contratar empresas especializadas para testes de penetração (pentests) ajuda a identificar possíveis vulnerabilidades antes que sejam exploradas por criminosos.
Adote políticas de gestão de acesso: Garanta que os colaboradores só tenham acesso às informações necessárias para o desempenho de suas funções. Isso minimiza o risco de que informações confidenciais sejam expostas em caso de comprometimento de uma conta.
Implemente uma política de descarte seguro de documentos: Quando for necessário descartar documentos físicos ou digitais que contenham informações pessoais ou sensíveis, utilize métodos seguros, como a fragmentação de papéis ou a exclusão permanente de arquivos eletrônicos.
Mantenha seus sistemas e softwares atualizados: Garanta que todos os softwares, sistemas operacionais e ferramentas de segurança utilizados pela empresa estejam atualizados com os últimos patches de segurança. Sistemas desatualizados podem ter vulnerabilidades conhecidas, tornando-se alvo fácil para criminosos.
Ao adotar essas medidas, as empresas conseguem fortalecer sua defesa contra o roubo de identidade e criar um ambiente mais seguro para clientes e colaboradores. Além de proteger as informações, essas práticas também reforçam a confiança na marca e reduzem os riscos de prejuízos financeiros e reputacionais.
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