A grafoscopia desempenha uma função essencial na documentoscopia, sendo crucial para verificar a autenticidade de documentos e prevenir fraudes. Neste blog, saiba mais detalhes sobre a técnica, seu processo de realização e os diversos tipos de fraudes associadas à escrita manual.
O que é grafoscopia e documentoscopia?
A grafoscopia e documentoscopia são disciplinas especializadas na análise de documentos, cada uma com seu enfoque específico.
Enquanto a grafoscopia concentra-se na investigação da escrita manual, a documentoscopia abrange a análise global de documentos, incluindo selos, impressões digitais e marca d'água. Juntas, desempenham um papel vital na autenticação de documentos e na prevenção de fraudes.
Se você deseja aprofundar seus conhecimentos sobre documentoscopia e descobrir como essa técnica é aplicada na prática, confira nosso blog sobre o tema.
Em relação à grafoscopia, o processo se fundamenta na impossibilidade de duas pessoas reproduzirem uma mesma assinatura com precisão nos detalhes. Para detectar falsificações, a análise ocorre em três etapas:
- Exame: envolve a análise de pontos e particularidades, como o espaço entre as letras e os tamanhos;
- Comparação: o perito grafotécnico compara divergências entre a amostra e o documento, destacando discrepâncias;
- Avaliação: consiste na análise das evidências coletadas para determinar se o documento é original ou foi adulterado.
Análises mais avançadas podem determinar até se a grafia apresenta alterações devido a efeitos de substâncias, influência de doenças ou coerção durante o ato da escrita.
Os tipos de fraudes envolvendo escrita em documentos
Fraudes em escrita, também conhecidas como falsificações gráficas, ocorrem durante ou após o ato de escrever, sendo categorizadas de acordo com o método empregado pelo falsário. Em sua maioria, essas fraudes são identificadas nas assinaturas e rubricas, mas são aplicáveis a qualquer tipo de manuscrito.
Segundo o estudo “A importância da grafoscopia para a identificação de fraudes em documentos”, publicado pela Revista do Ministério Público do Estado de Goiás, as falsificações gráficas são classificadas em cinco tipos: sem imitação, de memória, por imitação servil ou com modelo à vista, por decalque e por imitação livre ou exercitada. Vejamos a seguir mais detalhes sobre cada uma dessas categorias.
Sem imitação: ocorre quando o falsário escreve o nome de alguém sem tentar reproduzir as características gráficas, como em casos de roubo de talão de cheques.
De memória: realizadas com base na memória, o falsificador reproduz características de uma assinatura previamente vista, resultando em uma mistura de imitações precisas e regiões divergentes.
Por imitação servil ou com modelo à vista: envolve a cópia direta de um modelo disponível, com o falsificador preso às características do modelo, resultando em uma imitação lenta com pausas para consultar o modelo durante a cópia.
Por decalque: transferências manuais de escritas ou assinaturas, divididas em diretas e indiretas. A imitação direta é feita diretamente sobre o modelo, enquanto a indireta envolve um rascunho prévio.
Por imitação livre ou exercitada: o falsificador consegue reproduzir um modelo após treinamento extensivo, permitindo a cópia automática do modelo sem a necessidade de visualização durante o ato.
Grafoscopia e documentoscopia na Caf
Na abordagem atual da documentoscopia na Caf, a grafoscopia é incorporada como uma técnica complementar ao processo. Através de estudos gráficos, avaliamos a assinatura para determinar se foi feita manualmente, digitalmente ou se sofreu alguma edição. Essa análise possibilita verificar a concordância com o documento de referência, avaliando se o formato da assinatura está conforme as expectativas para o período, o que pode indicar autenticidade ou falsificação.
Os pontos considerados nesse processo incluem:
- verificação da compatibilidade da assinatura com o nome no documento;
- identificação do tipo de assinatura, se é um nome completo ou uma rubrica;
- avaliação se a assinatura foi feita manualmente com caneta, considerando a cor permitida no estado/período/modelo;
- análise da assinatura digitalizada, verificando a grafia do portador e descartando edições com fontes da internet;
- possibilidade de estimar idade e sexo do portador através da análise da pressão e caligrafia.
É importante notar que, embora esse processo seja atualmente integrado à documentoscopia, outros elementos do próprio documento podem indicar falsificação ou autenticidade sem a necessidade de uma perícia mais aprofundada sobre a escrita manual.
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